Vigilância em Saúde


Vigilância Epidemiológica


Um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos[...]

A Vigilância Epidemiológica disponibiliza informações atualizadas sobre a ocorrência de doenças e agravos, bem como dos seus fatores condicionantes em uma área geográfica ou população determinada para a execução de ações de controle e prevenção.Sistemas:

Além disso, é um instrumento importante para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normalização de atividades técnicas correlatas. Sua operacionalização compreende um conjunto de funções específicas e complementares que devem ser, necessariamente, desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento epidemiológico da doença ou agravo em questão.Deste modo, estarão sendo implementadas ações de intervenção pertinentes e eficazes.

São funções da Vigilância Epidemiológica:coleta de dados; processamento de dados coletados; análise e interpretação dos dados processados; recomendação das medidas de controle apropriadas; promoção das ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; divulgação de informações pertinentes.
Sistemas:
  • SIM - Sistema de Informação sobre Mortalidade.
  • SINASC - Sistema de informação sobre Nascidos Vivos.
  • SINAN - Sistema de informação de Agravos de Notificação.
  • SIST - Sistema de Informação em Saúde do Trabalhador.

Rua Pinheiro Machado, nº 100
Telefone: (53) 3251-9558
episls@yahoo.com.br

Saúde do trabalhador

Responsável pela notificação dos acidentes de trabalho visando a promoção e proteção da saúde dos trabalhadores e também atua em conjunto com a Vigilância Sanitária e Epidemiológica.

Vigilância Nutricional

Vigilância Nutricional contempla atividades continuadas e rotineiras de observação, coleta e análise de dados e informações que podem descrever as condições alimentares e nutricionais da população. Objetiva fornecer subsídios para as decisões políticas, auxiliar no planejamento, no monitoramento e no gerenciamento de programas relacionados com a melhoria dos padrões de consumo alimentar e do estado nutricional da população.

Vigilância Sanitária


Conjunto de ações capas de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
  • O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo: e:
  • O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. (lei Nº 8080/90).

Sistemas:
  • SISAGUA - Sistema de Informação de Vigilância da qualidade da Água para Consumo Humano.  
Vigilância Ambiental

A Vigilância Ambiental tem como objetivo conhecer, detectar e prevenir qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes no meio ambiente que interferem na saúde humana. Suas principais ações são: identificar solos contaminados e investigar se a população ao redor sofreu algum dano à saúde; coletar e analisar fontes de água em pontos estratégicos; além de prevenir e controlar as doenças relacionadas ao meio ambiente.
Equipe de prevenção da Dengue
A Secretaria Municipal de Saúde através da equipe de Vigilância Ambiental, é a responsável pela prevenção a dengue em nosso município. Desta forma, realiza as atividades de pesquisa ao Aedes aegypti. A equipe é composta por servidores capacitados que desempenham diariamente esta atividade. O Trabalho é realizado conforme preconiza o Ministério da Saúde com instalação de Armadilhas e inspeção em pontos Estratégicos. Com inspeção quinzenalmente são revisados 29 pontos Estratégicos em todas as regiões da cidade. Em São Lourenço do Sul foram Instaladas 73 Armadilhas, sendo 59 na cidade e 14 na zona Rural, que semanalmente são revisadas por nossos técnicos. No interior, este trabalho esta a cargo dos Agentes Comunitários de Saúde que compõem as equipe da ESF (Equipe de Saúde da Família).

A Equipe de Vigilância Ambiental encontrou, maio de 2010, uma armadilha positiva (com larva do Aedes aegypti), instalada na região central da cidade (provavelmente trazido de carona por algum veículo).  Apartir daí foi iniciado imediatamente outra atividade que é a inspeção de todas as unidades habitacionais, inclusive terrenos baldios num raio de 300m a partir da localização da Armadilha positiva. Este trabalho consiste além da conscientização quanto às medidas de prevenção, vistoriar todos possíveis criadouros, ou seja, locais que possam armazenar água parada, principalmente águas limpas das chuvas, locais preferidos por esta espécie de mosquito. O próximo passo é tirar de circulação estes depósitos e ou tratar, (colocar larvicida para matar as larvas), quando não for possível eliminá-los. Nesta atividade, foram trabalhados 34 Quarteirões desta região, sendo inspecionados 1247 Imóveis, sendo que em 26 foram coletadas larvas de mosquitos e mandadas para o laboratório da 3º Coordenadoria Regional de Saúde e todas sendo consideradas como não sendo do Aedes aegypti.  521 imóveis foram tratados com larvicidas. Foram tirados de circulação (eliminados) 2.040 pequenos depósitos de água, vasos de plantas, pneus, e tratados outros 1348 depósitos fixos tais como ralos, caixas de descargas, etc. Esta ação de pesquisa e tratamento esta sendo repetida agora, tendo o prazo de 60 dias para a conclusão deste 2º ciclo.

Dicas para combater o mosquito e os focos de larvas

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PLANO DE AÇÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO MUNICÍPIO DE SÃO LOURENÇO DO SUL-RS.



1 – INTRODUÇÃO

O Plano de Ação de Vigilância Sanitária de SÃO LOURENÇO DO SUL, teve como ponto de partida a solicitação do Vice Prefeito que chamou para uma reunião no dia 02 de julho de 2009, tendo como tema as ações de Vigilância Sanitária. A referida reunião foi realizada com a participação do coordenador da vigilância sanitária o Fiscal Sanitário Sr. Jose Antonio Conrado, a Secretaria de saúde adjunta Sra. Miriam Freitas, o agente de campo Sr. Flavio Souza, assessor jurídico do município Dr. Ivano Spiering e o Vice Prefeito em exercício Dr. Daniel Raupp Martins, onde houve repasse das informações inerentes a atuação da Visa Municipal.

Na oportunidade, foram questionados vários assuntos inerentes ao setor, em especial aos servidores que ali se encontram e suas atividades desenvolvidas.

Para tanto, foi necessário fazer um apanhado geral das atividades desenvolvidas.

O inicio dos trabalhos se caracterizou pelo esclarecimento referente ao numero expressivo de funcionários que se encontram lotados na Visa, que geram questionamentos quanto às atividades desenvolvidas por cada servidor do setor.

Como pontos positivos das ações de Vigilância Sanitária podem destacar-se:

Estar a Vigilância Sanitária Municipal estruturada desde 1992, possuindo local próprio, um veículo e instrumentos de inspeção básicos, e devidamente amparada pela legislação, inclusive sendo referencia para municípios como: Santa Vitoria do Palmar, Capão do Leão, Tapes, Cristal , Butiá e Pelotas.

No que tange aos recursos humanos, cumpre-nos salientar que encontra-se em carência de Fiscal sanitário, pois atualmente conta com apenas um em atividade, sendo que o segundo desenvolve atividade de coordenador, desta forma sendo tolhido de exercer atividade fiscalizadora, e os demais servidores que lá estão lotados são apenas auxiliares devidamente investidos como agentes de saúde, com estabilidade no emprego e regidos pelo regime jurídico único (estatutário), com exceção de um que é regido pelo regime celetista, cargo este atualmente em extinção de acordo com art. 19 das disposições constitucionais e transitórias da constituição de 1988, e dois que estão cedidos pelo estado em função da Municipalização da Saúde ,ocorrida em 1992.

Outro fator positivo a se considerar é o fato de se tratar de um município composto de uma população de 42.339 habitantes, onde através das rádios locais pode-se atingir grande parcela da mesma, somando as escolas, jornais locais, PSFs e PACS como meios importantes na divulgação de informações.

Sempre que solicitado tem-se apoio de outros órgãos na realização de atividades de parceria, a exemplo da Secretarias afins da prefeitura (Obras e Serviços Urbanos, ICMS, Tributos, Educação, Agricultura, Assessoria de Imprensa, Jurídica e Planejamento), com os demais setores que compõem o Departamento de Vigilância em Saúde, 3ª CRS, Polícia Civil e Brigada Militar.

No que tange a pontos de fragilidade nas ações de Vigilância Sanitária cabe destacar:

• Falta de funcionário devidamente habilitado e legalmente investido na função de fiscal.

• Ser um município de extensão geográfica de 2039 km² compreendendo quatro balneários, bem como locais de difícil acesso com pontos de concentração de população (agro-vilas).

• Elevação da população, de forma sazonal (período de veraneio), com aumento expressivo, especialmente no comércio de alimentos, onde se somam dois agravantes, altas temperaturas e alimentos perecíveis, Índices elevados de clandestinidade, especialmente em relação ao comércio de carnes.

• Por se tratar de um município de pequeno porte, onde todos se conhecem, o fiscal, tem que atuar em um universo de estabelecimentos nos quais ele é necessariamente cliente ou usuário (criação de vínculo entre autoridade sanitária, proprietários e funcionários dos estabelecimentos sob fiscalização).

• Ser município de grande extensão, com pontos geográficos vulneráveis para a circulação clandestina de mercadorias.

• Pouca visibilidade das ações de VISA por parte da comunidade, em virtude de carência de profissional que divulgue os trabalhos desenvolvidos pela equipe;

• Criação de legislação prevendo incentivo à produtividade para os trabalhadores de VISA.

• Saneamento básico deficiente em determinados locais.

• Grande abrangência da economia informal.

• Falta de um sistema de informação em VISA (ficou prevista a implantação do SINAVISA, mas até então não foi colocado em prática).

• Problemas relacionados a VISA em regiões de balneário, legislação, clandestinidade, descontinuidade das ações.

• Excesso de regulamentações, em certos casos e outros não.

• Baixa resolutividade das ações.

• Legislação sanitária estadual ultrapassada.

• Falta de suporte jurídico, em virtude de não haver assessoria jurídica sanitária, visto tratar-se de um processo e procedimento particular.

1.1 - OBJETIVO GERAL

Sistematizar o setor de Vigilância Sanitária, a partir de um planejamento consistente de ações de proteção e promoção da saúde, como meio de melhoria da qualidade de vida da população.

1.2 - POSIÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO ORGANOGRAMA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

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2 - ANÁLISE SITUACIONAL

O Município de São Lourenço do Sul, está localizado no sul do Brasil, fazendo fronteira com cidades de Turuçu, Canguçu, Pelotas, Cristal e Laguna dos Patos.

A Secretaria Municipal de Saúde contempla a população com atendimentos da Atenção Básica e da Média Complexidade. Administra uma rede ambulatorial composta por 01 Posto Central onde são desenvolvidos programas de imunizações, tuberculose, saúde da mulher, eletrocardiograma, fisioterapia e atendimento de cardiologia, nutrição, DST-AIDS, psicologia, assistência social, farmácia da atenção básica, farmácia do idoso, laboratório municipal, nutrição e atendimento odontológico. Na periferia existem 05 Unidades Básicas de Saúde, na zona rural 07, onde ocorre o atendimento da Atenção Básica. O Programa de Saúde Mental conta com um Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), onde os usuários passam o dia desenvolvendo diversas atividades. Além disso, possui uma Equipe de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e Equipes de Saúde da Família (ESF), contando atualmente com 06 (seis) no interior do município.

Os programas desenvolvidos pela Secretaria de Saúde são: Saúde da Criança, (Imunizações, Baixo Peso e Teste do Pezinho), Saúde da Mulher (Pré-Natal e Parto Humanizado, Prevenção do Câncer de Colo Uterino e do Câncer de Mama, Imunizações e Planejamento Familiar), Saúde do Adulto (Imunizações, HIPERDIA e Prevenção do Câncer de Próstata), Ostomizados, Controle de Doenças Diarréicas Agudas, Tuberculose e Hanseníase, DSTs e AIDS, Saúde Bucal, Saúde Mental, Saúde do Trabalhador, Saúde do Idoso. Neste entorno inclui-se a VISA.

A municipalização dos serviços de Vigilância Sanitária ocorreu em 1993, com a pactuação das ações de baixa complexidade.

Atualmente o quadro conta com 01 médico veterinário (Visa), 01 farmacêutico bioquímico (Visa), 01 enfermeira (Vigilância Epidemiológica), 02 fiscais sanitários (Visa), 07 funcionários especializados (Programa da dengue), 02 agentes auxiliares da fiscalização Estadual, 01(um) funcionário administrativo (quadro celetista) e 01(um) agente de campo (Convenio Funasa).

A Vigilância Sanitária divide-se em :

2.1 - SETOR DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA: Este setor abrange 04 áreas de atuação:

Estabelecimentos Ligados à Área de Alimentos;
Estabelecimentos de Saúde de Baixa complexidades;
Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano;
Controle de Vetores e zoonoses;

2.1.1 - DIVISÃO DE ESTABELECIMENTOS LIGADOS A ÁREA DE ALIMENTOS: Realiza trabalho de orientação, fiscalização e controle do funcionamento dos estabelecimentos de produção, transporte, beneficiamento e comercialização de produtos alimentícios no que se refere à origem dos mesmos, higiene dos manipuladores e instalações em todas as fases de produção, bem como na rede escolar municipal, estadual e escolas particulares. Realiza o trabalho de Investigação de Doenças Veiculadas por Alimentos (DVAS), coleta de amostras de alimentos suspeitos em casos de surtos, reclamações fundamentadas ou atendendo determinação da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, encaminhando para o Laboratório Central (LACEN), Laboratório Oficial do Estado.

Veículos comerciais de transporte de alimentos, comércio de alimentos ou atividades especiais (feiras, exposições, eventos beneficentes) também são controlados por esta divisão. São realizadas Barreiras Sanitárias com o objetivo de verificar as condições de higiene, acondicionamento e temperatura dos alimentos ingressados no município.

A liberação da Licença Sanitária para a Divisão de Alimentos e estabelecimentos ligados à Área da Saúde é outra atividade desempenhada pelo Setor.

Por ocasião das inspeções são emitidos documentos de acordo com as medidas adotadas e tipo de vistoria realizada.

As infrações sanitárias têm como embasamento legal as Portarias 27 e 28/86 do Ministério da Saúde; Decreto 74.170 de 10/06/74; Lei 5991 de 17/12/73; Decreto 79.094 de 05/01/77; Resolução 06/73 – CNEN; Portaria 196/83 do Ministério da Saúde, regulamento aprovado pelo Decreto Estadual 23.430 de 24/10/74 e a Lei Federal 6437 de 20/08/77, entre outras.

2.1.2 - DIVISÃO DE ESTABELECIMENTOS DA ÁREA DA SAÚDE DE BAIXA COMPLEXIDADE: O setor responsável pela fiscalização de estabelecimentos de saúde inspeciona consultórios médicos, de fisioterapia, ortopedia e traumatologia, psicologia, odontológicos sem raios-X, clínica médica com ecografia, laboratórios de próteses dentárias, óticas, serviços de massoterapia, casa de repouso para idosos, piscinas de uso coletivo, institutos de beleza.

Para a liberação de Licença Sanitária estes estabelecimentos são obrigados a apresentar contrato com Responsável Técnico e atender a requisitos como cuidados com a higiene e condições de funcionamento dos equipamentos; armazenamento adequado, e observação rigorosa no prazo de validade de produtos e reagentes químicos, esterilização de materiais, bem como a qualidade dos serviços prestados.

No caso das piscinas (hotéis, clubes) são feitas vistorias para a verificação da qualidade da água com relação a teores de cloro e PH, além da existência de um laudo bacteriológico atualizado, endossado pelo Responsável Técnico.

Os estabelecimentos ligados à área de saúde estão sujeitos à renovação anual de Licença Sanitária com comprovação da Responsabilidade Técnica naqueles estabelecimentos que se fizerem necessários, para a realização de um trabalho em conjunto com os Conselhos Profissionais de cada categoria.

Eventualmente, alguns estabelecimentos de saúde são inspecionados com o objetivo de atender solicitações ou determinações oriundas da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde que por sua vez está ligada a órgãos do Ministério da Saúde com relação a produtos fora das especificações e que representam risco à saúde humana.

2.1.3 - DIVISÃO DE CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO:
O controle da qualidade da água de consumo humano desenvolve-se a partir da inspeção da vigilância sanitária no Serviço de Abastecimento Público Local – CORSAN, com o cadastramento do órgão e relativo a todas fontes de abastecimento (poços artesianos), principalmente as de uso coletivo, existentes no município, considerando todas as etapas do controle de qualidade exigidas por Lei.

Os serviços de inspeção com relação a água de consumo humano também envolvem coletas mensais de amostras de água de pontos estratégicos para verificação do cloro residual, teores de flúor, turbidez e para a realização de análises bacteriológicas qualitativas. Reclamações de usuários e notificações de doenças transmissíveis pela água também são motivos para que a vigilância sanitária realize coletas e análises naqueles locais.

A análise bacteriológica, turbidez , teor de flúor e de cloro são realizadas no município, utilizando-se da estrutura do Laboratório Municipal.

Inspecionar reservatórios de água potável de prédios coletivos e licenciar firmas de limpeza e desinfecção de reservatórios também são atribuições do Setor.

No meio rural teriam que ser feitas vistorias em restaurantes, agrovilas e comunidades com mais de 10 famílias que se abastecem de uma mesma fonte, para verificação da qualidade da água consumida por esta população. Após os resultados das análises, os mesmos deveriam ser repassados à empresa e comunidade para, através de orientações repassadas pela vigilância sanitária, proceder a processos alternativos de desinfecção. Especiais cuidados devem ser dispensados aquelas localidades em que os números de doenças passíveis de transmissão pela água são elevados.

2.2- CONTROLE DE VETORES E ZOONOSES: SUBDIVIDE-SE EM 07 (sete) PROGRAMAS ESTADUAIS:

LEPTOSPIROSE

- Encaminhamento de amostras para exame laboratorial(sorologia humana)
- Investigação epidemiológica de casos suspeitos
- Orientação da população sobre os fatores de risco

RAIVA

- Orientação da população, dos cuidados a serem tomados caso ocorra algum acidente, ou seja, o animal agressor deverá ser preso e observado pelo período de 10 (dez) dias.
- Visitas periódicas durante 10 (dez) dias, junto a residência do Proprietário do cão ou gato agressor, para avaliar a sua conduta durante este período, caso não venha desenvolver qualquer sintoma da doenças neste período, demonstra que o animal não está com a doença, liberando também o paciente das aplicações das vacinas anti-rábica.
- Atendimento de 100% dos casos
- Encaminhamento de amostras caninas para exame laboratorial:(diagnóstico de raiva)

DENGUE:

A prioridades é impedir a introdução do Aedes aegipti, no município de São Lourenço do Sul, através da Vigilância Sanitária e Epidemiológica (detecção precoce de surtos), e vigilância Entomológica ( detecção precoce do aumento do numero do mosquito transmissor), através de:
-Levantamento de índice amostral: visitam as residências, comércios, terrenos baldios e outros;
-Controle de pontos estratégicos: quinzenalmente são inspecionados cemitérios, borracharias, depósitos de sucatas, materiais de construção, garagem de transportes coletivos, entre outros;
-Controle de armadilhas: depósitos feitos de pneus, inspecionados uma vez por semana, colocados em locais por onde o mosquito pode entrar ( rodoviária, portos, transportadoras, terminais de cargas, postos de combustíveis, etc.)
-Orientação da população através mutirões realizados nos bairros( cheque list, etc.)

Quanto às metas:

• Levantamento de índice: em 100 % dos imóveis no município;
• Controle dos pontos estratégicos: visitas periódicas a cada 15 dias
• Controle de armadilhas: visitas periódicas uma vez por semana.

TOXOPLASMOSE

- Investigação de casos suspeitos
- Encaminhamento de amostras para exame laboratorial

HANTAVIROSE

- Investigação epidemiológica de casos suspeitos;
- Encaminhamento de amostras para exame laboratorial (sorologia humana);
- Orientações à população em geral.

DOENÇA DE CHAGAS

- Visitas a PITs :(posto de informação de triatomíneos);
- São postos de referencia para informações sobre aparecimento do vetor transmissor da doença de chagas. Para isso, existem distribuídos em nosso município 19 PITs. que são visitados uma vez por mês para o controle do referido vetor.

FEBRE AMARELA

Profissionais da Visa e Vigilância Epidemiológica, receberam treinamento no final do ano de 2008 na 3º CRs. Estando preparada para qualquer tipo de problema que vier a ocorrer em nosso município.

Atendimento a reclamações da comunidade relacionadas à saneamento básico, meio ambiente e criação de animais

2.2 - Pontos de Fragilidade nas Ações de Vigilância Sanitária: A situação de saúde de São Lourenço do Sul sofre interferência de fatores que não tem sua resolutividade no Sistema de Saúde por tratar-se de problemas em especial de ordem social, econômico, de saneamento básico, que são determinantes no processo saúde-doença-qualidade de vida. No que tange à VISA, a relação entre suas ações e esses fatores apontados também resulta em prejuízo para os serviços e que podem ser entendidos como fatores de risco. Para o que destacamos o que segue:
  • Crise nas principais atividades econômicas do município, tais como as pequenas propriedades de monocultura familiar e plantio de arroz, somado a mecanização da atividade que gera desemprego e migração dessas pessoas para área urbana, com baixo grau de instrução e mínimas perspectivas de conseguir colocação no mercado de trabalho.
  • Redução de emprego também na atividade econômica do município, de criação de gado, pela diminuição do poder aquisitivo do produtor bem como pelos altos encargos sociais, contribuindo também para o êxodo para a periferia da cidade.
  • Grandes áreas de aplicação de herbicidas, sem controle na aplicação e sem avaliação dos prejuízos as pessoas e ao ambiente principalmente pela indústrias fumageiras.
  • Necessidade de ampliar o saneamento básico, como fator que de forma direta contribui no aspecto sanitário e de saúde como um todo.
  • Dificuldade de monitoramento da qualidade da água do interior do município que em sua grande maioria se abastece de fontes alternativas, sem qualquer tipo de tratamento o que é prejudicado pela grande extensão do município e locais de difícil acesso.
  • Dificuldade de sensibilizar a classe médica e aos responsáveis pelo dois hospitais do município, a informar agravos de notificação compulsória, de modo a servir de referência à programação de ações de prevenção.
A esses fatores relacionados, devemos considerar também os já elencados nos pontos de fragilidades em VISA.

3 – PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÃNCIA SANITÁRIA

Programa de Ações de Vigilância Sanitária prevê a realização das seguintes ações:

3.1- Área de alimentos:
  • Inspecionar, licenciar e cadastrar estabelecimentos de baixa complexidade e autuar os mesmos, caso seja necessário;
  • Coletar amostras de produtos a serem enviados para análise no LACEN;
  • Apreender produtos inadequados para o consumo humano ou em situação irregular.
  • Ações educativas:
  • Consta no Plano Municipal de Saúde, “A Secretaria Municipal de Saúde, tem como objetivo promover a saúde individual, através de medidas de alcance coletivo, com esta finalidade desenvolve programas de educação em saúde através de seus departamentos: Saúde Pública e Vigilância Sanitária”. Considerando o exposto as ações programadas, além das de rotina previstas para Vigilância Sanitária, estarão voltadas para um trabalho de conscientização e sensibilização da comunidade (educação sanitária).
  • Treinamentos destinados a manipuladores de alimentos a exemplo de comércio ambulante, merendeiras (escolas), cozinheiras (restaurantes).
  • Palestras educativas nas escolas sobre as ações da Vigilância Sanitária e dos cuidados com os alimentos em suas residências.
  • Orientação e divulgação na mídia local (rádio, jornais) de campanhas educativas.
3.2 - Área de controle da qualidade da água para consumo humano:
  • Inspecionar reservatórios de água potável.
  • Inspecionar e coletar amostras nos sistemas de abastecimento público e privado. sistemas alternativos coletivos e individuais de abastecimento de água, bem como orientações para o tratamento destas soluções,
  • Serão coletadas amostras de água para monitoramento de cloro, flúor, bacteriológico e turbidez.
  • Cloro: é feita a medição no momento da coleta,
  • Turbidez , bacteriológico e flúor: análise feita por técnico responsável do laboratório municipal,
  • São realizadas palestras nas escolas e nas Associações de Bairro, para orientação e esclarecimentos quanto aos cuidados com a água e limpeza de caixa d'água.
  • Fornecer orientações referentes a processos alternativos de desinfecção da água de consumo no meio rural.
3.3 - Relação de estabelecimentos que estarão sob atuação de VISA